quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Madeira: a (im)previsibilidade

Neste momento não acredito que exista viv'alma que não esteja solidária com o povo da Madeira, com a tragédia que se abateu sobre uma ilha onde a pobreza ainda impera a olhos vistos, fora dos locais turísticos. Mas por mais que se fale da dor que este evento provocou, é tempo de apurar responsabilidades e elas existem, flagrantes, com um ordenamento territorial selvagem e o estrangulamento cada vez mais refinado da natureza.

Luvas de pelica quando se fala do Alberto João, no seu reinado ad aeternum, mas que deveria ser o primeiro a assumir responsabilidades, como Jorge Coelho o fez aquando da queda da ponte de Entre-os-Rios, há uns anos atrás. O silêncio do PSD é imenso, sufocado que está na sua guerrilha interna e, o PS, na sua postura de partido de Governo, a ser politicamente correcto quando não o deveria ser, quando estas mortes poderiam ter sido evitadas...

Onde é que pára a liberdade de imprensa neste momento em que se deveria colocar o dedo na ferida e chamar o Rei da Madeira à responsabilidade e questioná-lo sobre o PDM, os Planos de Pormenor e os estudos de impacto ambiental? A ousadia jornalística fica-se pelo Continente, pelos vistos...

Triste país o nosso, em que a incúria dos políticos continua a ser sufragada e apoiada pelo povo, em que se atira poeira para os olhos das pessoas e elas continuam a julgar-se felizes... O que Alberto João já fez pela Madeira - e claro que vez obra positiva - qualquer pessoa faria, pois são tantos os milhões que não há como não se fazer!

Tristes os madeirenses que perderam vidas, casas, bens e qualidade de vida...

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