quinta-feira, 17 de setembro de 2009

O tecnocrata

Foi reeleito Durão Barroso ou, europeiamente falando, José Manuel Barroso com uma maioria absoluta e sem oposição, aliás, com a conivência dos partidos à esquerda do hemiciclo europeu. Estranhei esta ausência de debate, certamente amplamente abafada pela política caseira, mas que, como cidadã europeia, me sinto na necessidade de deslindar o que se passa lá para os lados de Bruxelas. Afinal toca-me na pele.

Para ser honesta não vou à bola com o Durão Barroso. A forma como governou Portugal e a forma "ligeirinha" como fez as malas para ir embora não denotam o melhor exemplo de um patriota, daí não entender o "apadrinhamento" do PS em Portugal a esta recandidatura. Não se vota em alguém só por ser português, deixando de lado as premissas mais importantes como a capacidade de liderar, as estratégias, a conduta política e, acima de tudo, o passado. Para não falar de que do lado do PSD esses "patriotismos" são peanuts, pois em 99 foram os primeiros a não validar a candidatura de Mário Soares. Se a direita não esquece o passado, porque insiste a esquerda democrática em esquecê-lo?

Não esquecerei os sorrisos e os apertos de mão que validaram a invasão do Iraque e a forma como a Europa foi atrelada ao belicismo e autoritarismo americanos. Para além disso, em cinco anos, ficou muito por fazer nesta Europa que, de dia para dia, se atrasa em se assumir como potência económica e, acima de tudo, social. Venham mais cinco anos de tecnocracia! Afinal é disto que o povo gosta!

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